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Publicanos e Gentios

Publicanos e Gentios

PUBLICANOS:

Publicanos Publicanos e Gentios
Os publicanos na Antiguidade eram cobradores de impostos que atuavam principalmente durante o período do Império Romano.

Eles desempenhavam um papel importante na administração do império, sendo responsáveis por recolher impostos em nome do governo.

A função dos publicanos remonta à Roma Republicana, mas eles se tornaram mais conhecidos durante o período imperial, especialmente nas províncias.

O sistema de arrecadação de impostos funcionava da seguinte forma:
O governo romano contratava indivíduos ou empresas privadas (os publicanos) para recolher os impostos de uma determinada região. Esses publicanos faziam um contrato com o governo e antecipavam uma certa quantia de dinheiro. Depois, ficava a cargo deles recuperar esse dinheiro dos cidadãos, muitas vezes cobrando valores extras para garantir seus próprios lucros.

Os publicanos, especialmente nas províncias, frequentemente adquiriram uma reputação negativa, sendo mal vistos pela população. Isso acontecia porque muitos deles se aproveitavam de sua posição para explorar os cidadãos, cobrando impostos excessivos e enriquecendo à custa dos mais pobres.

Isso os tornou impopulares, e eles eram frequentemente associados à corrupção.

Na tradição cristã, os publicanos são mencionados várias vezes no *Novo Testamento, sendo que alguns deles, como **Zaqueu*, têm encontros com Jesus.

Eles eram desprezados pelos judeus por trabalharem para o Império Romano e eram vistos como pecadores, mas Jesus, em diversas ocasiões, se aproximava deles e oferecia perdão, destacando a possibilidade de redenção.

Assim, os publicanos eram figuras centrais no sistema fiscal romano, mas sua prática muitas vezes gerava tensões sociais e religiosas, especialmente em regiões como a Palestina, sob o domínio romano.

GENTIOS:

gentios Publicanos e Gentios
Os *gentios* na Antiguidade eram todas as pessoas que não pertenciam ao povo judeu. O termo vem do latim "gens" (plural "gentes"), que significa "nações" ou "povos".

Para os judeus, os gentios representavam todos os povos não-judaicos, ou seja, aqueles que não seguiam a Lei Mosaica e as tradições do judaísmo.

No contexto bíblico e religioso, os gentios eram frequentemente vistos como aqueles que praticavam religiões politeístas, idolatravam vários deuses e não seguiam as leis e costumes judaicos. Por isso, havia uma separação clara entre os judeus e os gentios, tanto em termos religiosos quanto sociais.

No *Novo Testamento, o termo "gentio" também aparece, e a relação com eles muda ao longo do desenvolvimento do cristianismo. Originalmente, o cristianismo foi pregado apenas entre os judeus, mas depois, com apóstolos como **Paulo de Tarso*, a mensagem de Jesus foi levada aos gentios. Paulo argumentava que o cristianismo era para todas as pessoas, não apenas para os judeus, e que a salvação era acessível a todos, independentemente da origem étnica ou religiosa.

Isso levou à inclusão dos gentios no cristianismo, sendo que muitos deles se converteram.

Assim, na Antiguidade, os gentios eram simplesmente os não-judeus, mas no contexto do cristianismo primitivo, o termo passou a representar aqueles que foram incluídos na nova fé por meio da pregação apostólica, destacando a expansão universal do cristianismo.